Rússia planeja proibir WhatsApp e apresenta novo aplicativo Max

Governo Putin vê WhatsApp como ineficaz contra crimes e lança superapp Max, similar ao WeChat e Alipay, em novos dispositivos.

29/11/2025 19:40

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(Imagem de reprodução da internet).

Moscou Planeja Proibir WhatsApp e Impor Novo Aplicativo de Mensagens

A Rússia está considerando a proibição do WhatsApp, um dos aplicativos de mensagens mais populares do país, que conta com cerca de 100 milhões de usuários. O governo russo sugere que os cidadãos passem a utilizar o Max, um novo serviço de mensagens instantâneas desenvolvido localmente, que gera opiniões divergentes entre os moradores de Moscou.

Reações dos Usuários ao Novo Aplicativo

Ekaterina, uma médica de 39 anos, expressou desconfiança em relação ao Max, afirmando que prefere o WhatsApp para suas comunicações pessoais. Ela mencionou que seu chefe a incentivou a instalar o novo aplicativo, mas ela se recusa a abandoná-lo devido ao seu histórico de mensagens e à necessidade de se comunicar com clientes que ainda utilizam o WhatsApp.

Lançado pela VK, uma das principais redes sociais da Rússia, o Max é descrito como um superaplicativo que oferece acesso a serviços oficiais e funcionalidades como pedidos de comida, similar ao WeChat na China. O governo russo planeja incluir o Max automaticamente em todos os novos dispositivos móveis a partir de setembro.

Implicações da Proibição

As autoridades russas também bloquearam a possibilidade de realizar chamadas por meio de aplicativos estrangeiros, aumentando a pressão sobre os usuários do WhatsApp. A Roskomnadzor, agência reguladora de comunicações da Rússia, afirmou que a proibição do WhatsApp está sendo considerada por este não estar fazendo o suficiente para combater atividades criminosas.

Perspectivas sobre a Mudança

A Meta, empresa proprietária do WhatsApp, acusou o governo russo de tentar vetar o aplicativo por ser um canal de comunicação seguro. Enquanto isso, defensores dos direitos humanos veem a imposição do Max como uma tentativa de vigilância das comunicações dos cidadãos.

Alguns moradores de Moscou, como Andrei Ivanov, reconhecem a praticidade do WhatsApp, mas também expressam preocupações sobre a segurança dos dados. Outros, como o aposentado Serguei Abramov, não veem a mudança como um grande problema, considerando que tudo que vem do exterior é uma ameaça. Maria Isakova, de 36 anos, acredita que o país é capaz de se adaptar a novas situações e que existem alternativas de comunicação disponíveis.

Fonte por: Estadao

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