Ministro do Turismo Celso Sabino Planeja Candidatura ao Senado
O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), manifestou seu desejo de concorrer ao Senado pelo Pará nas eleições de 2026. Durante um evento em Belém com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Sabino declarou que apoiará o petista “onde quer que esteja”.
Embora tenha apresentado sua carta de demissão em 26 de setembro, Sabino permanece no cargo a pedido do presidente. No evento, ele expressou gratidão a Lula, afirmando que as conquistas no setor de turismo não serão esquecidas.
Pressão para Saída e Estratégia Política
O União Brasil deu um ultimato para que seus filiados com cargos federais deixassem o governo, sob pena de expulsão. Sabino, no entanto, tem postergado sua saída, buscando apoio de Lula para fortalecer sua candidatura ao Senado. A estratégia envolve utilizar o palanque presidencial como um trunfo na disputa.
Ao entregar sua carta de demissão, o ministro indicou que 2 de outubro seria seu último dia no cargo, mas a legenda ainda não se manifestou sobre a extensão do prazo.
Sabino reafirmou seu compromisso com o povo do Pará, garantindo que nada o afastará de sua terra natal e que estará ao lado de Lula em qualquer circunstância.
André Fufuca Também Sob Pressão
O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), enfrenta uma situação semelhante, com pressão para deixar o governo. O PP estabeleceu um prazo até 2 de outubro para sua saída, embora essa permanência possa se estender até 5 de outubro.
Fufuca, que é deputado licenciado, participou da votação da isenção do Imposto de Renda na Câmara dos Deputados, uma das principais medidas eleitorais de Lula para 2026. A proposta foi aprovada por unanimidade.
Assim como Sabino, Fufuca também almeja uma candidatura ao Senado em 2026 e busca apoio do presidente. Há tentativas de manter ambos no governo por meio de licença, mas enfrentam resistência de seus partidos, sendo o União Brasil mais rígido nessa questão.
Desembarque do Centrão e Tensão Política
A saída dos ministros faz parte do desembarque do centrão do governo, após a formação da federação entre União Brasil e Progressistas, que se tornou a maior força no Congresso, com 109 deputados e 14 senadores.
A tensão entre Lula e o União Brasil aumentou após a operação Carbono Oculto da Polícia Federal, que investiga o presidente da legenda, Antônio de Rueda. A situação foi interpretada como uma possível retaliação do governo, embora a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), tenha negado qualquer ingerência.
Fonte por: Poder 360