Morte por Intoxicação por Metanol em São Bernardo do Campo
A Prefeitura de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, confirmou a morte de Bruna Araújo de Souza, de 30 anos. Ela estava internada desde o final de setembro em um hospital municipal, com suspeita de contaminação por metanol, que foi confirmada em exames posteriores. Bruna teria se intoxicado após consumir bebida alcoólica adulterada, sendo a primeira morte registrada na cidade devido a essa substância.
No dia 3 de novembro, a administração municipal informou que o estado de saúde de Bruna havia se agravado, levando os médicos a considerar a abertura do protocolo de confirmação de morte cerebral. Este procedimento visa verificar se o cérebro do paciente ainda responde a estímulos ou se já ocorreu morte encefálica irreversível.
Dados sobre Intoxicações e Mortes
A Secretaria de Saúde de São Bernardo do Campo declarou que Bruna “evoluiu a óbito após a adoção de protocolo de cuidados paliativos”. A administração expressou solidariedade aos amigos e familiares, ressaltando que a paciente recebeu a melhor assistência possível durante sua internação. Até o dia 6 de novembro, a Vigilância Epidemiológica local havia recebido 78 notificações de suspeita de contaminação por metanol, resultando em seis óbitos e 72 atendimentos na rede hospitalar da cidade.
Seis pessoas, sendo cinco homens e uma mulher, faleceram no município, e Bruna é a única cuja ingestão de metanol foi confirmada. Os exames para verificar a contaminação estão sendo realizados pelo Instituto Médico Legal (IML). O Ministério da Saúde informou que o Brasil contabiliza 17 casos confirmados de intoxicação por metanol, com mais de 200 ocorrências sob investigação, a maioria concentrada no Estado de São Paulo.
Medidas e Investigações em Andamento
O Ministério da Saúde também reportou 14 mortes, incluindo duas na capital paulista, confirmadas por intoxicação por metanol. O óbito de Bruna ainda não foi incluído nas estatísticas oficiais, pois a confirmação ocorreu após a divulgação do balanço. A Prefeitura de São Bernardo do Campo está em contato com as famílias das vítimas e dos pacientes internados para identificar possíveis locais de consumo da bebida adulterada.
Até o momento, quatro estabelecimentos comerciais foram interditados, e a Polícia Civil apreendeu garrafas de bebidas nos locais investigados. A Delegacia de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente (DICMA) está liderando a investigação criminal relacionada ao caso.
Fonte por: Jovem Pan