Ministério da Saúde aprova parcerias para produção de medicamentos
O Ministério da Saúde autorizou cinco Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre a Butantan Farma e empresas privadas. Esses acordos visam a produção de antirretrovirais, medicamentos oncológicos e tratamentos para doenças raras, com os produtos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Butantan Farma e a nova estrutura de produção
A Butantan Farma é a nova denominação da Fundação para o Remédio Popular Chopin Tavares de Lima (Furp), que está vinculada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP). A mudança foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) em 11 de novembro, permitindo que o Instituto Butantan incorporasse a Furp.
Reunião do Grupo Executivo da Saúde
O anúncio das parcerias ocorreu durante uma reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, que contou com a presença do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e outros diretores de instituições de saúde.
- Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan;
- Saulo Nacif, diretor da Fundação Butantan;
- Rogério Aunda, superintendente da Furp;
- Priscilla Perdicaris, secretária de Estado de Saúde em exercício.
Empresas parceiras e medicamentos
As parcerias foram firmadas com empresas como Cristália, Prati & Donaduzzi, Biocon Pharma, Nortec, Blanver e Cyg Biotech. O objetivo é aumentar a produção de medicamentos para doenças raras, incluindo:
- Fibrose cística e amiloidose;
- Leucemias e carcinoma de células renais;
- Tratamento de HIV (antirretroviral).
Investimentos e novos projetos
O Ministério da Saúde anunciou um investimento de R$ 15 bilhões no setor industrial, totalizando 31 PDPs para ampliar a produção nacional de produtos estratégicos para o SUS. A seleção de projetos de PDP, que envolve a transferência de tecnologia, foi retomada após uma pausa desde 2017, com um recorde de 147 novos projetos recebidos.
Medicamentos aprovados nas parcerias
- Ivacaftor 150mg: comprimido revestido para fibrose cística, desenvolvido com a Cristália, com produção prevista após a expiração da patente em junho de 2026;
- Tafamidis Meglumina 20mg: cápsula mole para amiloidose, em parceria com a Prati & Donaduzzi, já sem proteção de patente;
- Dasatinibe 20 e 100mg: comprimido para leucemias, em parceria com a Biocon Pharma e Nortec, já sem proteção de patente;
- Pazopanibe 200mg e 400mg: comprimido revestido para carcinoma de células renais, em parceria com a Blanver e Cyg Biotech, já sem proteção de patente;
- Dolutegravir 50mg + Lamivudina 300mg: antirretroviral em comprimido para HIV, em parceria com a Blanver e Cyg Biotech, com produção prevista após a expiração da patente em abril de 2026.
Fonte por: Poder 360
