Senado dos EUA derruba proposta que restringiria ataques à Venezuela

Texto é derrotado por 51 a 49 e garante a Donald Trump autonomia em ações militares na região. Confira no Poder360.

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Donald Trump

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Senado dos EUA Rejeita Proposta para Limitar Ações Militares na Venezuela

Na quinta-feira, 6 de novembro de 2025, o Senado dos Estados Unidos rejeitou uma proposta que exigia a aprovação do Congresso para que o presidente Donald Trump (Partido Republicano) pudesse ordenar ações militares contra a Venezuela. A resolução foi derrotada por 51 votos a 49, marcando a segunda tentativa em um mês de restringir a atuação do governo em operações contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas na América Latina.

A proposta visava impedir futuras operações “dentro ou contra” a Venezuela, em resposta a preocupações sobre a possibilidade de um confronto militar direto com o país sul-americano. Apenas dois congressistas republicanos votaram contra a orientação do governo. As informações foram divulgadas pelo jornal digital Politico.

Justificativas e Reações no Senado

Os Estados Unidos têm realizado ofensivas regulares contra embarcações no oceano Pacífico e no mar do Caribe desde setembro. O senador Tim Kaine (Partido Democrata), autor da proposta, criticou a interpretação ampla dos poderes presidenciais utilizada pelo governo, afirmando que não possui respaldo constitucional e seria “extremamente frágil” se aplicada à Venezuela. Ele destacou a necessidade de o Congresso refletir sobre a validade dessas políticas.

Para garantir apoio entre os republicanos, representantes do governo apresentaram o embasamento legal das ações recentes. Senadores como Rand Paul e Lisa Murkowski, que são do Partido Republicano, manifestaram apoio à iniciativa. Por outro lado, o senador John Fetterman, do Partido Democrata, mudou seu voto e apoiou a proposta desta vez.

Debate sobre Autoridade Militar e Ações Futuras

Os republicanos que se opuseram à resolução argumentaram que o governo possui autoridade legal para combater o tráfico de drogas e minimizaram a possibilidade de uma invasão à Venezuela. Trump, por sua vez, mencionou a possibilidade de ataques terrestres contra grupos ligados ao narcotráfico no país e autorizou operações secretas da CIA. A movimentação militar pode incluir o porta-aviões USS Gerald R. Ford.

Aliados do governo, como o senador Lindsey Graham, afirmaram que a Venezuela sob o comando de Nicolás Maduro representa uma ameaça existencial aos Estados Unidos, defendendo que Trump teria autoridade para agir como desejasse. Caso a resolução fosse aprovada, sua eficácia seria questionável, uma vez que Trump já sinalizou que vetaria o texto.

Possíveis Negociações e Posição do Brasil

Nicolás Maduro está disposto a iniciar negociações com os Estados Unidos, desde que haja garantias de participação chavista em uma possível transição política e anistia para membros do governo. Na quarta-feira, 5 de novembro, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que o país atua com “solidariedade regional” à Venezuela, seguindo a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de tratar a América do Sul como “uma região de paz e cooperação”.

Fonte por: Poder 360

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