Serra Verde, mineradora de terras raras, procura sócio minoritário

Serra Verde avaliada em quase US$ 900 milhões, equivalente a R$ 4,85 bilhões.

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(Imagem de reprodução da internet).

Serra Verde busca sócio para expandir produção de terras raras

A mineradora Serra Verde, especializada em terras raras, está à procura de um sócio minoritário para ajudar na capitalização da empresa. Para isso, contratou o banco Goldman Sachs com o objetivo de vender uma participação de 10% a 20% da companhia, que está avaliada em quase US$ 900 milhões (R$ 4,85 bilhões). A mina está localizada em Minaçu, Goiás, e a transação pode ser concluída no início de 2026.

Interesse crescente por terras raras

O interesse pela Serra Verde é significativo, especialmente entre investidores estrangeiros, incluindo grupos dos Estados Unidos e da China. A empresa se destaca por ser a única fora da Ásia a produzir os quatro elementos de terras raras mais críticos, essenciais para a transição energética. Esses minerais são fundamentais para a fabricação de motores elétricos, foguetes, equipamentos militares e turbinas eólicas.

A Serra Verde iniciou sua produção neste ano e, devido à importância estratégica dos minerais, ganhou destaque internacional. Recentemente, os Estados Unidos aprovaram um financiamento de até US$ 465 milhões (R$ 2,5 bilhões) para a companhia, através da Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional. A empresa é controlada pela gestora americana Denhan Capital, que já investiu em outros projetos no Brasil.

Concorrência no setor de terras raras

Embora a Serra Verde seja a única empresa operacional no Brasil nesse setor, outras companhias, como Veridis, Saint George e Meteoric, estão desenvolvendo projetos, mas ainda não estão em operação.

Importância estratégica no cenário global

A questão das terras raras tem ganhado relevância nas discussões do governo dos Estados Unidos, especialmente durante a administração de Donald Trump, devido à sua importância estratégica. O tema foi abordado em negociações comerciais com a China, onde Pequim concordou em adiar restrições aos minerais de terras raras para os EUA.

Com a segunda maior reserva mundial desses minerais, o Brasil pode desempenhar um papel crucial na redução da dependência americana em relação à China, que atualmente é a maior produtora e detentora das maiores reservas. A Serra Verde, no entanto, não comentou sobre a situação, assim como o Goldman Sachs.

Conclusão

A busca da Serra Verde por um sócio minoritário reflete o crescente interesse global por terras raras e a importância estratégica desses minerais no cenário econômico atual. Com a produção já iniciada e o apoio financeiro dos Estados Unidos, a empresa está posicionada para se tornar um player significativo no mercado internacional de terras raras.

Fonte por: Estadao

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