Silveira defende corte de gastos em Itaipu para reduzir custo da energia
Ministro de Minas e Energia defende fim dos “gastos socioambientais” em negociações com o Paraguai a partir de 2027.

Governo Brasileiro Propõe Fim de Gastos Socioambientais na Hidrelétrica de Itaipu
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quarta-feira (15) que o governo brasileiro buscará, nas negociações com o Paraguai, a eliminação dos chamados “gastos socioambientais” da hidrelétrica de Itaipu Binacional. O objetivo é reduzir o custo da energia no Brasil.
Essas negociações fazem parte do acordo conhecido como “Anexo C”, que aborda novas condições financeiras para a comercialização de energia da hidrelétrica, após 50 anos da assinatura do Tratado de Itaipu.
Durante uma audiência na Câmara dos Deputados, Silveira afirmou: “Decidimos defender na negociação do Anexo C que, a partir de janeiro de 2027, acabemos com os gastos socioambientais para diminuir o preço da energia no Brasil. O custo da energia é um insumo essencial para o desenvolvimento nacional.”
Negociações Diplomáticas e Acordos Bilaterais
O ministro destacou que essa posição foi acordada em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contando com o apoio do Ministério da Fazenda e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Silveira também enfatizou que as negociações sobre Itaipu são tratadas de forma diplomática e dependem da vontade de ambas as partes.
Ele explicou que os gastos socioambientais, que são despesas além do Custo Unitário do Serviço de Eletricidade (Cuse), existem desde 2005 e são considerados discricionários pelos governos do Brasil e do Paraguai.
Leilão de Baterias para Armazenagem de Energia
Na mesma audiência, Silveira anunciou que em dezembro ocorrerá o primeiro leilão de baterias para armazenagem de energia elétrica. Ele classificou o evento como “histórico”, afirmando que isso ajudará a enfrentar os desafios do setor elétrico, especialmente no que diz respeito ao crescimento das energias renováveis.
O ministro ressaltou: “Agora poderemos armazenar a energia do vento com as baterias. Este leilão contará com a participação de indústrias de todo o mundo.”
O setor de armazenamento de energia prevê movimentar cerca de R$ 40 bilhões na próxima década, impulsionado por um leilão nacional de reserva de capacidade.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.