Silvinei Vasques é apresentado à Polícia Federal

Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal é preso no Paraguai por tentativa de golpe de Estado. Confira no Poder360.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Ex-Diretor da PRF é Detido no Paraguai

Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi preso em Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai, após tentar burlar os controles migratórios. A detenção ocorreu no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi na sexta-feira, 26 de dezembro de 2025.

De acordo com as autoridades paraguaias, Vasques, que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e 6 meses por tentativa de golpe de Estado, tentou entrar no país utilizando uma identidade falsa de cidadão paraguaio sob o nome de Julio Eduardo. A fraude foi descoberta durante uma inspeção inicial realizada por agentes migratórios, que então iniciaram um procedimento de controle secundário.

Motivos da Prisão e Condenação

Silvinei Vasques é apontado como um dos responsáveis pelo bloqueio do trânsito de eleitores do Nordeste durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmou que ele coordenou ações que visavam a ruptura institucional em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na mesma sexta-feira, Moraes determinou a prisão preventiva de Vasques, após a Polícia Federal informar sobre o rompimento da tornozeleira eletrônica que ele utilizava e o descumprimento de outras medidas cautelares impostas pelo STF. O equipamento perdeu sinal de GPS na madrugada do dia 25 de dezembro e, posteriormente, também a comunicação por GPRS.

Fuga e Tentativa de Evasão

Após diligências realizadas pela Polícia Federal em seu endereço em São José (SC), Vasques não foi encontrado. Relatórios indicam que ele deixou o local na noite de 24 de dezembro, levando um carro alugado com pertences pessoais e um cachorro, e não retornou. O apartamento estava trancado durante a verificação.

O ministro Moraes considerou que os elementos reunidos apontam para uma tentativa de fuga e evasão da aplicação da lei penal. Ele ressaltou que o descumprimento das medidas cautelares, sem justificativa, justifica a conversão das restrições em prisão preventiva, conforme a jurisprudência do STF.

Consequências Legais

Vasques foi condenado em 16 de dezembro pela 1ª Turma do STF por tentativa de golpe de Estado, com o objetivo de manter Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022. A decisão também impôs o pagamento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, a perda do cargo público e a comunicação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fins de inelegibilidade.

Novas atualizações sobre o caso devem ser divulgadas em breve.

Fonte por: Poder 360

Sair da versão mobile