Sóstenes apresenta pedra na Câmara e provoca críticas à megaoperação no Rio
Deputado provoca socióloga que disse que criminosos podem ser “rendidos até com uma pedra na cabeça”
Reação de Sóstenes Cavalcanti às Operações Policiais no Rio de Janeiro
Na quarta-feira, 5 de novembro de 2025, o líder do PL, Sóstenes Cavalcanti, trouxe uma pedra ao plenário da Câmara em resposta às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as operações policiais nos complexos do Alemão e da Penha, ocorridas em 28 de outubro. A atitude de Cavalcanti foi uma crítica direta a uma fala da socióloga Jacqueline Muniz, que sugeriu que criminosos armados poderiam ser “rendidos até com uma pedra na cabeça”.
A declaração de Muniz se tornou viral nas redes sociais, gerando reações negativas e piadas entre os apoiadores da direita. Sóstenes usou a situação para ironizar a proposta, questionando a eficácia de enfrentar criminosos armados com fuzis utilizando apenas uma pedra.
Críticas e Repercussões
Durante seu discurso, Sóstenes enfatizou a falta de seriedade nas sugestões apresentadas por Muniz, afirmando que a ideia de usar uma pedra como arma de defesa é absurda. Ele destacou a gravidade da situação ao afirmar que a segurança pública não pode ser tratada com soluções simplistas e ineficazes.
A oposição, por sua vez, defendeu as ações do governo do Rio de Janeiro, considerando-as necessárias para combater o crime organizado. O debate sobre segurança pública e o uso da força policial foi intensificado, especialmente após a operação que resultou em 121 mortes.
Declarações de Lula e Investigação das Mortes
Em entrevista a veículos de mídia estrangeiros, Lula classificou a operação policial como “desastrosa” e uma “matança”. Ele ressaltou que, apesar do número de mortes, a ação não foi bem-sucedida do ponto de vista da atuação do Estado. O presidente anunciou que legistas da Polícia Federal serão enviados para investigar as circunstâncias das mortes, uma medida já mencionada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Lula enfatizou a necessidade de esclarecer as condições em que as mortes ocorreram, ressaltando que a ordem judicial era de prisão, não de execução. Essa declaração reflete a preocupação do governo em garantir que as operações policiais sejam conduzidas de maneira adequada e responsável.
CPI do Crime Organizado
A CPI do Crime Organizado, presidida por Fabiano Contarato (PT-ES), aprovou a convocação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, para prestar esclarecimentos. A investigação se concentrará no avanço das facções criminosas, no envolvimento de agentes públicos e nas falhas nas políticas de segurança.
Contarato destacou que o objetivo da CPI é trazer transparência à segurança pública e identificar responsabilidades, especialmente após a operação que resultou em um número alarmante de mortes. Ele afirmou que o país está preocupado com a falta de respostas efetivas diante de operações que vitimaram tantas pessoas.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação
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