Investigação sobre o Banco Master avança com acareação determinada pelo STF
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal a decidir sobre a necessidade de acareação entre os envolvidos na investigação do Banco Master. A audiência contará com a presença de Daniel Vorcaro, proprietário do banco, Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB, e Ailton de Aquino, diretor de Fiscalização do Banco Central.
Procedimentos da investigação
O STF anunciou que a acareação ocorrerá no prédio da Corte, iniciando com os depoimentos dos intimados. Caso a Polícia Federal não identifique contradições nos relatos, a acareação poderá ser dispensada.
Responsável pelos interrogatórios
A delegada Janaína Palazzo, que solicitou a prisão preventiva de Daniel Vorcaro, será a encarregada de conduzir os interrogatórios. Toffoli havia solicitado ao diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, que designasse um delegado para as diligências, e Rodrigues optou por manter Palazzo no caso.
Irregularidades na venda de crédito consignado
A delegada apontou irregularidades na venda de carteiras de crédito consignado do Banco Master ao BRB, totalizando R$ 12,2 bilhões. Com base nas evidências, ela pediu a prisão preventiva de Vorcaro e outros executivos do banco.
Rejeição de recurso do Banco Central
No dia 27, Toffoli rejeitou um recurso do Banco Central que solicitava mais esclarecimentos sobre a acareação. O ministro destacou que o BC e Ailton de Aquino não são investigados, mas sim “terceiros interessados” no processo. A decisão gerou críticas no mercado financeiro e no meio jurídico, pois não ficou claro o motivo da acareação antes dos depoimentos.
Fonte por: Estadao
