Taiwan solicita apoio da União Europeia em discurso sobre ameaças chinesas

Bi-Khim Hsiao defende cooperação em cadeias de suprimentos e tecnologia, buscando parceria com Alemanha e Espanha

07/11/2025 19:00

2 min de leitura

União Europeia

Vice-presidente de Taiwan pede apoio da União Europeia em Bruxelas

Durante um discurso em Bruxelas, a vice-presidente de Taiwan, Bi-Khim Hsiao, solicitou que a União Europeia (UE) fortaleça suas relações de segurança e comércio com a ilha, além de apoiar sua democracia frente às pressões da China. Hsiao enfatizou que “a paz no Estreito de Taiwan é essencial para a estabilidade global e a continuidade econômica” durante uma conferência sobre a China no Parlamento Europeu.

A vice-presidente não se dirigiu ao plenário, uma vez que a UE não mantém relações diplomáticas formais com Taiwan. Sua visita, no entanto, pode gerar reações de Pequim. Hsiao destacou a importância da cooperação em cadeias de suprimentos seguras e tecnologia, pedindo parcerias com países como Alemanha e Espanha. Ela alertou sobre as restrições chinesas às exportações de terras raras, defendendo um ecossistema tecnológico baseado em confiança e valores democráticos, especialmente no setor de semicondutores.

Comparação com ataques cibernéticos na Europa

Hsiao também comparou os ataques cibernéticos e sabotagens de cabos submarinos que Taiwan enfrenta aos ataques híbridos que a Europa tem sofrido desde a invasão da Ucrânia. Ela afirmou: “A Europa defendeu a liberdade sob fogo, e Taiwan construiu a democracia sob pressão”.

A visita de Hsiao fez parte de uma conferência da Aliança Interparlamentar sobre a China (IPAC), que contou com a presença de parlamentares de cerca de vinte países. O evento foi mantido em sigilo após relatos de que agentes chineses tentaram atacar o carro de Hsiao durante uma visita à República Tcheca em 2024.

Aumento das despesas militares de Taiwan

O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, anunciou planos para acelerar o sistema de defesa “T-Dome” e aumentar os gastos militares para 5% do PIB até 2030, em resposta ao aumento das incursões militares chinesas nas proximidades da ilha.

Segundo Ben Bland, do Chatham House, um possível conflito sobre Taiwan teria um impacto mais significativo para a Europa do que a guerra na Ucrânia, devido à importância da ilha nas cadeias globais de semicondutores.

Fonte por: Jovem Pan

Autor(a):

Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.