Tarcísio se desculpa por piada envolvendo Coca-Cola e metanol
Governador de São Paulo diz que se preocupará quando “começarem a falsificar Coca-Cola” em declaração na 2ª feira (6.out).

Governador de São Paulo se desculpa por comentário sobre metanol
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pediu desculpas na terça-feira (7 de outubro de 2025) por uma declaração feita durante uma coletiva de imprensa sobre os casos de intoxicação por metanol no estado. Ele havia afirmado que só se preocuparia com a adulteração de bebidas “no dia em que começassem a falsificar Coca-Cola“.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Tarcísio reconheceu que sua fala foi inadequada. Ele explicou que, ao relatar as ações do governo em resposta à crise do metanol, tentou descontrair a coletiva, mas sua brincadeira foi mal interpretada e não era apropriada diante da gravidade da situação.
Ações do governo e pedido de perdão
O governador destacou as medidas que o estado está implementando para combater a adulteração de bebidas alcoólicas e expressou seu arrependimento. Ele pediu perdão às famílias que perderam entes queridos, aos comerciantes afetados e ao público que espera ações firmes do governo para garantir a segurança.
Casos de intoxicação por metanol em São Paulo
São Paulo lidera o número de casos de intoxicação por metanol no Brasil, com 18 casos confirmados até o último boletim divulgado em 7 de outubro. Além disso, há 158 casos sob investigação e 38 já foram descartados. Até o momento, foram registradas 10 mortes relacionadas à intoxicação, com três confirmadas e sete em investigação.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, que acompanhou Tarcísio na coletiva, afirmou que o governo ainda investiga como as bebidas foram contaminadas. Ele apresentou duas hipóteses: a mistura de etanol de baixa qualidade na falsificação de destilados e o uso de metanol na limpeza de garrafas usadas para envase de bebidas adulteradas.
- Mistura com etanol: Uso de etanol de baixa qualidade que pode já ter vindo contaminado.
- Lavagem de recipientes: Uso de metanol na limpeza de garrafas usadas para bebidas adulteradas.
Os casos de intoxicação começaram a aumentar em agosto. No final de setembro, Tarcísio afirmou que não havia indícios de ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital), que havia sido associado a um esquema de importação de metanol para adulteração de combustíveis. O secretário Derrite também esclareceu que as destilarias clandestinas fechadas pelo governo não eram operadas por membros do PCC.
Fonte por: Poder 360