Tebet à CNN: Comércio na América do Sul pode dobrar em 10 anos

Ipea divulga estudos preliminares sobre cinco rotas de integração sul-americanas, afirma a ministra

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Ministra do Planejamento prevê crescimento do comércio na América do Sul

A ministra do Ministério do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, declarou que as novas rotas de integração sul-americana, uma iniciativa do governo federal em colaboração com países vizinhos, têm o potencial de dobrar o comércio no continente nos próximos dez anos. Essa afirmação foi feita durante uma entrevista.

De acordo com Tebet, as projeções iniciais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que o cenário otimista prevê a duplicação do comércio em uma década, enquanto uma perspectiva mais conservadora sugere um período de 15 anos. Ela destacou a possibilidade de também dobrar o fluxo de turistas, o que beneficiaria setores como serviços, hotelaria e gastronomia.

Desafios do comércio intrarregional

Atualmente, a América do Sul apresenta o menor índice de comércio intrarregional, com apenas 15% das transações comerciais ocorrendo entre os países da região. Em comparação, a América do Norte registra 40%, a Ásia supera 55% e a Europa ultrapassa 60%. Tebet atribui essa situação a entraves logísticos, ressaltando que as exportações para os Estados Unidos e China são significativamente maiores do que para os vizinhos sul-americanos.

Conclusão sobre a rota sustentável

Uma das cinco rotas do plano de integração foi concluída em novembro, ligando a Amazônia a quatro portos na costa do Pacífico. O governo brasileiro trabalhou em conjunto com Peru, Equador e Colômbia para implementar essa rota, que inclui hidrovias e rodovias, com a última etapa sendo a dragagem do Alto Solimões, tornando o trecho navegável.

Embora a rota ainda não tenha sido oficialmente inaugurada, já está em funcionamento. Tebet enfatizou que essa rota é a mais sustentável do plano de integração, pois é predominantemente fluvial, atravessando importantes rios da região. A conclusão da rota é vista como um marco, especialmente durante a COP30, pois facilitará o escoamento de produtos da bioeconomia da floresta para diversas regiões da América do Sul e para a Ásia.

Para garantir a preservação da floresta, é fundamental proporcionar meios de subsistência às comunidades amazônicas. A rota visa aumentar a competitividade de cooperativas que trabalham com produtos como pescado, coco, açaí e borracha, com o objetivo de otimizar o transporte e o comércio na região.

Fonte por: CNN Brasil

Sair da versão mobile