Tesouro Nacional Aprova Empréstimo de R$ 12 Bilhões aos Correios
O Tesouro Nacional autorizou, nesta quinta-feira (18), a operação de crédito de R$ 12 bilhões para os Correios, envolvendo cinco instituições financeiras. De acordo com o Ministério da Fazenda, essa operação respeitou o limite de juros estabelecido, resultando em uma economia de R$ 5 bilhões em encargos em comparação à proposta inicial, que foi rejeitada.
A avaliação do Tesouro concluiu que a nova proposta, que envolve três bancos privados e duas instituições públicas, representa uma redução significativa nos custos com juros. Essa decisão permitirá que os Correios tenham acesso a juros mais baixos, facilitando o pagamento de dívidas e a implementação de seu plano de recuperação.
Detalhes da Operação de Crédito
A operação contará com a participação de cinco bancos: Caixa, Bradesco e Banco do Brasil, que emprestarão R$ 3 bilhões cada, enquanto Itaú e Santander contribuirão com R$ 1,5 bilhão cada. O próximo passo envolve a negociação das minutas contratuais, sob a supervisão da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e do Tesouro Nacional.
De janeiro a setembro deste ano, os Correios registraram um prejuízo de R$ 6,05 bilhões, com a expectativa de que esse número chegue a R$ 10 bilhões até dezembro. Embora o valor aprovado de R$ 12 bilhões seja inferior aos R$ 20 bilhões inicialmente solicitados, ele ainda permitirá que a estatal cumpra suas obrigações, como o pagamento do 13º salário e a regularização de dívidas com fornecedores.
Impacto e Perspectivas Futuras
Com o empréstimo, a empresa pretende quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, além de pagar fornecedores em atraso e financiar um programa de desligamento voluntário (PDV). Também estão previstos investimentos para recuperar espaço no mercado de encomendas e desenvolver novas fontes de receita.
Para alcançar a lucratividade em 2027, os Correios precisarão passar por uma reestruturação que exigirá ajustes orçamentários entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões, envolvendo cortes de gastos e aumento de receitas. Esse desafio é considerado complexo por analistas, e a estatal ainda não se manifestou sobre o assunto.
Fonte por: Jovem Pan
