Trabalhadores dos Correios no Rio de Janeiro rejeitam proposta salarial

Proposta mediada pelo TST; greve de funcionários da estatal se estende por 9 Estados desde 16 de dezembro. Confira no Poder360.

24/12/2025 5:20

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Correios

Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro Rejeitam Acordo Coletivo

Na segunda-feira, 22 de dezembro de 2025, a maioria dos trabalhadores dos Correios no Estado do Rio de Janeiro votou contra o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Dos 512 funcionários que participaram da votação, 486 rejeitaram a proposta, enquanto 13 aceitaram e 13 se abstiveram.

De acordo com o Sintect-RJ, o sindicato que representa os trabalhadores, a proposta apresentada retira direitos importantes, como a não concessão do aumento salarial retroativo a agosto de 2025 e a redução do pagamento por trabalho em domingos e feriados.

Motivos da Rejeição do Acordo

O presidente do Sintect-RJ, Marcos Sant’aguida, afirmou que a assembleia foi convocada em resposta a uma intimação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Ele destacou que a proposta não trazia melhorias financeiras e que a reposição salarial de agosto a dezembro de 2025 não estava contemplada.

Segundo Sant’aguida, a empresa propôs um reajuste de 5,13% a ser pago apenas em abril de 2026, o que significa que os trabalhadores não receberiam nada nos primeiros meses. Ele também criticou a retirada do Vale Extra e a falta de propostas concretas para a categoria.

Greve Geral Aprovada

No dia 16 de dezembro, sindicatos de várias regiões do Brasil aprovaram uma greve geral por tempo indeterminado, incluindo estados como Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Os trabalhadores exigem reajustes salariais e benefícios de fim de ano, como o “vale-peru”.

Os sindicatos argumentam que os funcionários não devem ser penalizados pela crise financeira da empresa, que registrou um prejuízo de R$ 6,1 bilhões até setembro de 2025.

Crise Financeira dos Correios

A estatal enfrenta uma grave crise de liquidez, acumulando dívidas enquanto gasta R$ 15,1 bilhões anualmente com a folha de pagamento. Além disso, a empresa planeja um Programa de Demissão Voluntária (PDV) que visa desligar 10.000 funcionários em 2026 e 5.000 em 2027.

Fonte por: Poder 360

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