Trump afirmou desconhecer se Putin almeja a paz no conflito ucraniano
O presidente dos Estados Unidos manifestou convicção no acordo e mencionou “apoio aéreo”; a declaração gera incertezas quanto à próxima reunião.

O presidente americano, Donald Trump (Partido Republicano), afirmou que o presidente russo Vladimir Putin (independente, esquerda) pode não estar interessado em negociar um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia. A declaração foi feita em uma entrevista à Fox News, divulgada nesta terça-feira (19.ago.2025).
A declaração foi feita após a reunião desta segunda-feira (18 de agosto), em Washington D.C., entre Trump, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky (Servo do Povo, centro) e outros líderes europeus.
Trump reiterou que Putin enfrentará uma “situação difícil” caso as negociações pela paz não progridam. “Putin está cansado dessa guerra. Mas vamos descobrir mais nas próximas semanas… É possível que ele não queira fechar um acordo”.
A Fox News, Trump declarou ainda que “é preciso 2 para dançar um tango”. Para o republicano, Putin e Zelensky precisam ter algum tipo de relação. “De outra forma, estamos só perdendo tempo. […]. Se eu puder salvar 7 mil pessoas de serem mortas por semana, quero tentar e ir para o céu se possível”, afirmou.
Ucrânia e países como França e Reino Unido queriam uma força de paz europeia no terreno, considerando o veto da Rússia. Trump declarou que os EUA estavam dispostos a auxiliar “se conversamos sobre apoio aéreo, porque não possuímos aquilo que nós temos”.
O presidente americano declarou acreditar que Zelensky “fará o que for preciso” para solucionar o conflito. A Rússia sinalizou aceitar um possível encontro trilateral com o ucraniano e Trump; o local da reunião ainda não foi definido.
A declaração do republicano suscita incertezas quanto à possibilidade de um acordo que encerre o conflito. Trump declarou que serão asseguradas garantias de segurança para a Ucrânia, conforme solicitado pelos líderes europeus, mas não nos moldes da OTAN. A neutralidade militar ucraniana foi o principal argumento apresentado pela Rússia para justificar a invasão do país vizinho, em uma guerra que se estende desde 2022.
Fonte por: Poder 360