Trump anuncia apreensão de petroleiro da Venezuela e Maduro critica ‘pirataria’
Presidente dos EUA garante que manterá carga de navio usado pelo Irã e alerta Gustavo Petro sobre a situação na Colômbia.
Apreensão de Navio-Petroleiro pela Administração Trump
O presidente Donald Trump intensificou as sanções contra a Venezuela ao apreender um navio-petroleiro que estava sob restrições internacionais. Durante um evento na Casa Branca, Trump descreveu a operação como um “roubo descarado”, referindo-se à ação como uma resposta ao uso do navio por Caracas e Teerã. Ele afirmou que este é o maior petroleiro já apreendido na costa venezuelana.
A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, informou que o navio-petroleiro foi utilizado por anos para transportar petróleo entre a Venezuela e o Irã, apesar das sanções. Um vídeo divulgado mostra militares abordando o navio em alto-mar, evidenciando a seriedade da operação.
Trump, que tem liderado uma campanha contra o governo de Nicolás Maduro, declarou que “assumimos que ficaremos com o petróleo”. Em resposta, a chancelaria venezuelana repudiou a apreensão, classificando-a como um ato de pirataria internacional.
Impacto da Apreensão e Reações
Em uma entrevista recente, Trump afirmou que os dias de Maduro estão “contados”. O petróleo é o principal recurso da Venezuela, que enfrenta um embargo que força o país a vender sua produção a preços muito baixos no mercado paralelo, especialmente para países asiáticos.
Além disso, Washington acusa o governo Maduro de ser um “narcoterrorista”, o que levou a uma campanha militar para destruir embarcações supostamente carregadas de drogas no Caribe e no Pacífico. A operação militar conta com um destacamento naval e aéreo significativo, incluindo o porta-aviões USS Gerald R. Ford, e já resultou em mais de 20 ataques e 87 mortes.
Enquanto Trump anunciava a apreensão, Maduro participava de um evento em Caracas, onde exigiu o fim da intervenção dos Estados Unidos na Venezuela e na América Latina.
Desafios para a Oposição e Relações Regionais
O anúncio de Trump ocorreu após a filha da opositora venezuelana Maria Corina Machado receber o Prêmio Nobel da Paz em Oslo. Machado, que está em clandestinidade desde as eleições de 2024, não conseguiu comparecer pessoalmente à cerimônia. Trump expressou preocupação com a possibilidade de sua detenção ao retornar à Venezuela.
A relação entre os Estados Unidos e a Colômbia também se tornou tensa, com o presidente colombiano Gustavo Petro sendo advertido por Trump sobre os problemas que poderá enfrentar devido à produção de drogas no país. Trump reiterou que a campanha militar contra os cartéis “narcoterroristas” começará em breve, alertando Petro para que “fique esperto”.
Conclusão
A apreensão do navio-petroleiro marca um novo capítulo nas tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela, refletindo a postura agressiva da administração Trump em relação ao regime de Maduro. As repercussões dessa ação podem afetar não apenas a política interna da Venezuela, mas também as relações diplomáticas na América Latina.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Redação
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