O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), declarou na terça-feira (19.ago.2025) que recusou o envio de tropas americanas para a Ucrânia. Contudo, ele assegurou que avalia a possibilidade de oferecer assistência aérea como parte de um entendimento para finalizar o conflito.
A declaração ocorreu após a reunião de segunda-feira (18 de agosto), em Washington D.C., entre Trump, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky (Servo do Povo, centro) e líderes europeus.
“Quanto à segurança, [os europeus] estão dispostos a colocar pessoas na Terra. Estamos dispostos a ajudá-los com isso, especialmente, provavelmente… por via aérea”, declarou Trump, em entrevista ao programa “Fox & Friends”, da Fox News, sem fornecer mais detalhes.
Ucrânia e países como França e Reino Unido almejavam a criação de uma força de paz europeia no terreno, considerando o veto da Rússia. A natureza da assistência militar norte-americana à Ucrânia em um acordo de paz não se esclareceu. O apoio aéreo poderia assumir diferentes modalidades, incluindo sistemas de defesa antimíssil ou caças para estabelecer uma zona de exclusão aérea.
De acordo com a Reuters, horas após as reuniões de Zelensky em Washington, a Rússia realizou seu maior ataque aéreo em mais de um mês contra a Ucrânia, lançando 270 drones e 10 mísseis. O Ministério da Energia ucraniano declarou que os ataques provocaram grandes incêndios em instalações de energia na região central de Poltava, onde se localiza a única refinaria de petróleo da Ucrânia.
Trump admitiu que o presidente russo, Vladimir Putin (independente, esquerda), pode não desejar concluir um acordo. “Putin está cansado dessa guerra. Mas vamos descobrir mais nas próximas semanas… É possível que ele não queira fechar um acordo”, declarou o norte-americano.
De acordo com Trump, Zelensky “fará o que for preciso” para solucionar o conflito. A Rússia sinalizou aceitar um possível encontro trilateral com o ucraniano e o presidente dos EUA. O local da reunião ainda não foi definido. A agência France Presse informou que os russos sugeriram Moscou, proposta já recusada por Zelensky.
Trump declarou que serão asseguradas garantias de segurança para a Ucrânia, conforme solicitado pelos líderes europeus, mas não nos moldes da OTAN. A neutralidade militar ucraniana foi o principal motivo apresentado pela Rússia para invadir o país vizinho, em uma guerra que se estende desde 2022.
Fonte por: Poder 360