Trump possui diversas alternativas, afirma Eduardo em relação às novas sanções dos EUA

Um deputado sugere punir a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa de Moraes.

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(Imagem de reprodução da internet).

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que os Estados Unidos deveriam aplicar novas sanções a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que não concluírem o julgamento de seu pai, Jair Bolsonaro (PL), em relação à tentativa de golpe de Estado. A declaração foi feita em entrevista ao Financial Times, divulgada na segunda-feira (11.ago.2025).

Eduardo conduz uma campanha de pressão política em Washington buscando que os Estados Unidos adotem ações contra o Judiciário brasileiro.

O deputado declarou que Trump possui diversas alternativas, incluindo o acatamento de novas restrições a autoridades brasileiras, bem como uma possível retomada da revogação de vistos e questões tarifárias. Ele complementou que Moraes “esgotou todas as suas opções”, em contrapartida ao presidente dos EUA.

“Trump ainda possui a opção de dobrar sua aposta com base na reação de Moraes”, declarou. “Acredito que pode haver uma resposta robusta dos EUA, talvez sancionando a esposa de Alexandre de Moraes, que é o seu braço financeiro”, afirmou. Eduardo citou que outra possível retaliação seria a revogação de vistos a aliados do ministro do STF.

Na última quarta-feira (6 de agosto), a Embaixada dos EUA no Brasil afirmou que os “aliados” do ministro Moraes no Supremo “são fortemente aconselhados a não auxiliar ou encorajar o comportamento de Moraes”.

Alexandre de Moraes recebeu sanção em decorrência da Lei Magnitsky, aplicada para restringir o acesso a recursos de autoridades estrangeiras acusadas de infringir direitos humanos, em 30 de julho.

Ao anunciar as medidas, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, acusou Moraes de “uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados –inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro”.

Eduardo Bolsonaro comentou sobre o plano de viagem à Europa e de tentar que fossem aplicadas sanções contra membros do Supremo Tribunal Federal perante o Parlamento Europeu: “Quero levar as sanções dos EUA ao conhecimento dos parlamentares europeus para que ele [Moraes] possa ser sancionado lá”.

O deputado licenciado afirmou que o líder do partido português Chega, André Ventura, busca “impedir Alexandre de Moraes de entrar em Portugal e congelar quaisquer bens que ele possa ter lá, com base nas leis de direitos humanos”.

O deputado polonês Dominik Tarczewski (ECR) e outros 15 eurodeputados já solicitaram à alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas, sanções específicas contra Moraes e seus aliados no STF do Brasil “por suas flagrantes violações de direitos humanos”.

Eduardo recusou críticas de que sua campanha estaria afetando as exportações brasileiras e afirmou que suas ações foram impulsionadas pelo objetivo de “salvar a democracia”. Ele declarou: “Estou agindo para que pessoas de esquerda possam me insultar e criticar”.

Fonte por: Poder 360

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