Trump provoca mudança na postura da Casa Branca em relação ao Brasil, afirma Eurasia
Christopher Garman, diretor-executivo da agência de risco político, destaca a frustração de Trump com tarifas sobre produtos brasileiros.
Mudança na Relação entre EUA e Brasil
A recente mudança na postura do governo dos Estados Unidos em relação ao Brasil é liderada pelo presidente Donald Trump, conforme afirma Christopher Garman, diretor-executivo para as Américas da Eurasia Group. Essa nova abordagem foi evidenciada quando Trump elogiou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o parabenizou por seu aniversário, descrevendo-o como “muito vigoroso”.
Distinção em Relação Anterior
Essa nova posição contrasta fortemente com a declaração feita em julho, quando Trump criticou a relação comercial entre os dois países, considerando-a “injusta” e expressando descontentamento com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Garman observa que diversos fatores têm contribuído para que questões políticas percam relevância nas discussões atuais.
Motivos para a Aproximação
Entre os fatores que têm aproximado Lula de Trump, Garman destaca a insatisfação do presidente americano com as tarifas impostas sobre produtos brasileiros. O especialista também menciona que o grupo responsável pela política externa dos EUA em relação ao Brasil havia promovido a ideia de que poderia reverter a inelegibilidade de Bolsonaro, mas a falta de progresso nessa área levou Trump a questionar a eficácia das medidas propostas.
Interesse em Minerais Críticos
Outro ponto de interesse para a Casa Branca são os minerais críticos, dos quais o Brasil possui grandes reservas, mas carece de capacidade de refino e mineração. A recente limitação da China na exportação desses materiais, essenciais para a produção de tecnologia e equipamentos militares, fez com que os EUA reconsiderassem sua estratégia para reduzir a dependência chinesa. Garman menciona que essa situação causou um “terremoto” em Washington.
Expectativas para um Acordo Comercial
Garman expressa otimismo em relação a um possível acordo comercial entre Brasil e EUA, embora reconheça que isso representará um desafio. Ele alerta para um possível desalinhamento entre as expectativas dos Estados Unidos e a realidade brasileira, questionando se os americanos acreditam que os brasileiros aceitarão todas as suas demandas. Segundo ele, o Brasil pode estar disposto a oferecer algumas concessões, mas não demonstrará disposição para aceitar tudo o que for exigido para um acordo.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação
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