Trump Confirma Conversa com Maduro
No último domingo (30 de novembro de 2025), durante uma entrevista a jornalistas a bordo do Air Force One, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que teve uma conversa telefônica com o líder venezuelano, Nicolás Maduro. O diálogo, no entanto, não teve detalhes revelados, com Trump afirmando apenas que foi uma ligação sem conotações positivas ou negativas.
Possibilidade de Encontro Presencial
Segundo informações, a ligação ocorreu em 22 de novembro e abordou a possibilidade de um encontro entre os dois líderes. O governo dos EUA teria enviado um ultimato a Maduro, oferecendo a ele e seus aliados a chance de deixar a Venezuela com segurança, desde que o presidente renunciasse ao cargo.
A conversa, mediada por Brasil, Catar e Turquia, não avançou. Maduro solicitou anistia global e sugeriu entregar o poder à oposição, mantendo o controle das Forças Armadas, propostas que foram rejeitadas pelos EUA. Além disso, houve divergências sobre o prazo para a renúncia, com os EUA exigindo uma saída imediata, o que Caracas não aceitou.
Tensões Aumentam nas Relações EUA-Venezuela
A relação entre os Estados Unidos e a Venezuela se deteriorou ainda mais após Trump declarar que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado “fechado em sua totalidade”. Essa declaração, direcionada a diversas entidades, foi interpretada como um sinal de possíveis ações militares iminentes.
Essa escalada de tensões coincide com uma nova estratégia dos EUA contra o Cartel de los Soles. O secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou que o grupo seria classificado como uma “organização terrorista estrangeira”, com Maduro sendo apontado como seu líder, embora ele negue essa acusação.
Preparativos Militares dos EUA
Recentemente, o secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, afirmou que a nova classificação oferece ao Pentágono “uma série de novas opções” para ações na região. Trump também mencionou, em uma ligação com militares, que uma ofensiva terrestre na Venezuela deve começar “muito em breve”.
Nos últimos dois meses, navios e aviões norte-americanos se concentraram no Caribe, incluindo o porta-aviões USS Gerald R. Ford e pelo menos 10 outros navios, além de um submarino nuclear e jatos F-35. O Pentágono justifica essas operações como missões de “interdição ao narcotráfico”, mas especialistas regionais afirmam que a força militar mobilizada é desproporcional para esse tipo de ação.
Fonte por: Poder 360
