TST decide que 80% dos trabalhadores dos Correios devem atuar durante a greve

Decisão proíbe sindicatos de impedir acesso de funcionários e cargas nas unidades da estatal, segundo o Poder360.

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Decisão do TST sobre efetivo dos Correios durante greve

A ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinou que os sindicatos mantenham 80% do efetivo em atividade nas unidades dos Correios durante o dissídio coletivo da categoria. Essa decisão visa garantir a continuidade dos serviços postais mesmo em meio à paralisação.

Conforme informações, a medida proíbe que dirigentes sindicais impeçam a entrada de funcionários e a circulação de cargas nas unidades durante a greve, que foi aprovada por sindicatos de várias regiões do país.

Greve geral aprovada por trabalhadores

A greve geral, que começou na terça-feira (16 de dezembro de 2025), foi aprovada em assembleias locais em estados como Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará, Santa Catarina, Mato Grosso e Paraíba. Em São Paulo, a paralisação foi aprovada apesar da orientação contrária da direção do sindicato local.

Os trabalhadores reivindicam reajustes salariais, o benefício de fim de ano conhecido como “vale-peru” e expressam insatisfação com a falta de propostas de recomposição salarial baseadas na inflação. Os sindicatos argumentam que os funcionários não devem arcar com as dificuldades financeiras da empresa.

Conflito trabalhista e mediações sem acordo

A disputa trabalhista ocorre enquanto o TST realiza reuniões de mediação desde 11 de dezembro, sem que um acordo tenha sido alcançado até o momento. O impasse se arrasta desde julho, quando o acordo coletivo de trabalho venceu e vem sendo prorrogado. Até setembro, os Correios registraram um prejuízo acumulado de R$ 6,1 bilhões.

A Findect, federação que representa os empregados dos Correios, criticou uma determinação do vice-presidente do TST, que solicitou que as federações convocassem assembleias para votar uma proposta de acordo mediada pela Corte. A proposta inclui a renovação de 79 cláusulas e uma recomposição salarial de 5,13% a partir de janeiro de 2026.

Desafios financeiros da estatal

Os Correios estão buscando revisar cláusulas do acordo, alegando que os benefícios oferecidos estão acima do mercado e da legislação trabalhista. A empresa enfrenta uma crise de liquidez e possui dívidas acumuladas, gastando R$ 15,1 bilhões anualmente com a folha de pagamento, que inclui gratificações significativas. Além disso, a estatal planeja um Programa de Demissão Voluntária (PDV) com o objetivo de desligar 10.000 funcionários em 2026 e 5.000 em 2027.

Fonte por: Poder 360

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