Após uma reunião com autoridades do Egito, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, declarou no sábado (9.ago.2025) que os países muçulmanos devem atuar em uníssono para se opor aos planos de Israel de derrotar o Hamas e “encerrar a guerra”. Segundo ele, é fundamental que a comunidade islâmica e a comunidade internacional adotem medidas concretas para impedir a execução da proposta israelense.
Turquia e Egito condenaram formalmente as intenções de Israel. Ancara classificou o plano como parte de “políticas genocidas e expansionistas”, enquanto o Cairo considerou a iniciativa inaceitável e uma ameaça à estabilidade da região.
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Em entrevista coletiva acompanhada por Badr Abdelatty, ministro das Relações Exteriores do Egito, Fidan anunciou a convocação de uma reunião de emergência da OIC (Organização para a Cooperação Islâmica). Ele acusou Israel de empregar a fome como ferramenta para expurgar palestinos e de almejar a ocupação permanente da Faixa de Gaza. Abdelatty ressaltou que existe total coordenação entre Egito e Turquia sobre o tema.
O Gabinete de Segurança de Israel aprovou nesta sexta-feira (8.ago) a proposta do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (Likud, direita) para derrotar o grupo extremista Hamas e “concluir a guerra”.
O plano contempla 5 princípios:
A Organização de Cooperação Islâmica declarou que o plano constitui uma “escalada perigosa e inaceitável” e uma “violação flagrante do direito internacional”. Alertou que a medida pode extinguir qualquer chance de paz e instou o Conselho de Segurança da ONU e as potências globais a atuarem urgentemente, responsabilizando Israel por eventuais transgressões.
O governo brasileiro também se manifestou. Em comunicado, o Itamaraty declarou que a decisão “deverá agravar a catastrófica situação humanitária da população civil palestina, assolada por mortes, deslocamento forçado, destruição e fome”.
Fonte por: Poder 360