União e PP formalizam acordo de federação, em meio a incertezas sobre o futuro do governo

Líderes partidários defendem a destituição do presidente Lula, enquanto associados a ministros negam.

19/08/2025 22:35

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União e PP formalizam acordo de federação, em meio a incertezas sobre o futuro do governo
(Imagem de reprodução da internet).

A liderança do União Brasil e do Progressistas defende que os ministros que exercem atualmente cargos no governo Lula deixem os cargos até o início do próximo ano. A pressão sobre André Fufuca (Progressistas), que ocupa o ministério do Esporte, e Celso Sabino (União Brasil), que preside o ministério do Turismo, aumenta com a federação entre os dois sendo formalizada.

A cerimônia que oficializou a união das siglas realizou-se nesta terça-feira em Brasília. Com a presença de governadores que são potenciais candidatos à presidência da República, como Ronaldo Caiado (União) e Tarcísio de Freitas (Republicanos). O presidente do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, Valdemar da Costa Neto, também compareceu ao evento.

Os presidentes da União, Antônio Rueda, e do PP, Ciro Nogueira, argumentam que a federação deve apostar em um palanque de direita, que também represente uma alternativa à polarização entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Para o vice-presidente da federação, ACM Neto, é necessário que os ministros deixem seus cargos, considerando que as legendas não vão apoiar a reeleição de Lula.

Não há essa possibilidade de permanecermos no governo. Estamos construindo um projeto para ser uma alternativa ao PT. Quanto antes vamos debater a saída do governo. É uma situação que gera desconforto, mas penso que nosso momento para discutir será depois que o TSE homologar a federação. Nós não estaremos no projeto do PT, portanto, não é razoável que ocupemos cargos em um governo do qual certamente não faremos parte no ano que vem.

Apoiadores dos ministros afirmam que ambos não têm intenção de deixar a Esplanada dos Ministérios, e relatam que os dois ainda não foram consultados por Rueda e Nogueira. Parlamentares próximos a Fufuca e Sabino acreditam em uma liberação para que cada diretório estadual da federação apoie o melhor candidato no contexto regional. Outros integrantes da federação ainda avaliam que uma saída dos ministros do governo Lula deve ocorrer somente após a direita escolher o candidato à Presidência, seja ele Tarciso ou não. Para eles, enquanto o novo adversário de Lula não for oficializado, não existe motivo para que os ministros deixem o governo.

Para o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, do União Brasil, a federação precisa ser um compromisso de políticas públicas para a população. A federação União e PP formará a maior bancada na Câmara, com 109 deputados federais e do Senado, totalizando 15 senadores.

Fonte por: Jovem Pan

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