Vereador é acusado de ser “espião” de facção criminosa na Bahia

Lucas de Souza Lemos é preso em operação policial e é afastado do cargo; Ministério Público da Bahia investiga repasse de informações sobre facção rival e tráfi…

19/12/2025 14:20

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(Imagem de reprodução da internet).

Vereador da Bahia é Denunciado por Tráfico de Drogas

O vereador Lucas de Souza Lemos, de 32 anos, do União Brasil, foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MPBA) por tráfico de drogas, associação para o tráfico e financiamento do crime. Natural de Itabela, ele está preso desde novembro, quando foi detido em flagrante durante uma operação contra a facção criminosa Bonde do Maluco (BDM).

De acordo com o MP, Lemos atuava como membro da facção, repassando informações estratégicas e participando de ações de contrainteligência para obstruir investigações. A denúncia foi apresentada à Justiça em 8 de dezembro e divulgada pelo órgão no dia 16 do mesmo mês.

Atuação Criminal e Prisão do Vereador

Segundo as investigações, Lemos fazia parte da estrutura do BDM desde pelo menos 2020, com uma atuação contínua no crime. Em 2022, suas funções se expandiram, incluindo o tráfico de drogas e o financiamento de atividades criminosas, além de compartilhar informações sobre facções rivais.

O MP também afirma que o vereador participou da ocultação de provas relacionadas a homicídios e de esforços para dificultar as investigações. Sua prisão ocorreu em uma operação conjunta da Polícia Civil e da Polícia Militar da Bahia, que visava líderes e integrantes do BDM.

Consequências e Afastamento do Cargo

Na operação realizada em 12 de novembro, além de Lemos, outros dois suspeitos foram detidos, um dos quais atirou contra os policiais e não sobreviveu aos ferimentos. Durante a ação, foram apreendidos um revólver calibre 38, munições, porções de drogas e celulares.

Lucas Lemos estava em seu primeiro mandato na Câmara Municipal de Itabela, onde foi eleito com 667 votos e atuava como assistente social. Dois dias após sua prisão, ele foi afastado do cargo pela Justiça, assim como todos os assessores ligados ao seu mandato. O suplente poderá assumir o cargo 60 dias após o afastamento, a menos que uma nova decisão judicial seja tomada. Em 9 de dezembro, a Justiça decidiu pela manutenção da prisão preventiva do vereador.

Fonte por: CNN Brasil

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