Zema anuncia pré-candidatura e equipara “lulismo”, facções e “parasitas”

Em São Paulo, governador de Minas classifica os três como “maiores inimigos do Brasil”.

16/08/2025 13:12

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Zema anuncia pré-candidatura e equipara “lulismo”, facções e “parasitas”
(Imagem de reprodução da internet).

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), lançou sua pré-candidatura à Presidência da República e declarou que o “lulismo”, os “parasitas do Estado” e as facções criminosas são os “3 maiores inimigos” do Brasil. A declaração foi proferida durante o 9º Encontro Nacional do partido Novo na Amcham Business Center, em São Paulo.

“As próximas eleições definirão o nosso futuro e precisaremos lidar com os três principais problemas deste país: o lulismo, os aproveitadores do Estado e as organizações criminosas”, afirmou.

O pré-candidato declarou que o PT deixaria o mapa do país, e que terminaria os abusos e perseguições de Alexandre de Moraes, prometendo “libertar o Brasil” caso fosse eleito em 2026.

Zema declarou que 23 milhões de brasileiros estão sob o controle de organizações criminosas. “São pessoas que pagam mais caro pela água, pela internet, pela energia e pelo gás. E as facções ameaçam transformar o Brasil em um narcotestado”, afirmou, defendendo a mobilização de todas as forças de segurança contra essas organizações.

O pré-candidato também criticou o que chamou de “casta de privilegiados” no setor público, citando especificamente o Poder Judiciário. “Somente o Judiciário, com mais de 10 bilhões em salários acima do teto. Aposentadorias especiais, pensões idênticas e isso permanece em vigor no setor público”, declarou.

Críticas ao Partido dos Trabalhadores e ao Supremo Tribunal Federal.

Zema relaciona seu ingresso na política com a crise econômica durante o governo de Dilma Rousseff (PT). “Tive que reduzir o quadro da empresa em mais de 2.500 funcionários. Foi um momento terrível para o Brasil e aquilo me fez ficar inconformado e indignado”, declarou.

O governador justificou sua administração em Minas Gerais, alegando ter investido na merenda escolar 23 vezes mais que o governo anterior do PT e dobrado os investimentos em educação. Em segurança pública, afirmou que o estado se tornou “um dos mais seguros do país”, controlando o problema do “novo cangaço”, que impactava mais de 100 cidades mineiras anualmente.

Se foi possível fazer em Minas, é possível fazer no Brasil. Minas é muito mais do que um Estado. Em Minas todos os Brasis se encontram. O Brasil que planta, o Brasil que fabrica, o Brasil que inova e o Brasil que tem fé.

Críticas ao Partido dos Trabalhadores e ao Supremo Tribunal Federal.

O evento, realizado em formato de palestras como as do TED, reuniu lideranças do partido. O discurso crítico em relação ao governo federal e ao Supremo Tribunal Federal antecedeu a fala de Zema. Eduardo Ribeiro, presidente nacional do Novo, declarou que haverá êxodo populacional se o PT não for derrotado. “Quase todos. São 5 milhões de brasileiros morando fora do Brasil. Esse número vai duplicar, triplicar. É uma verdadeira diáspora”, afirmou, comparando o Brasil à Venezuela: “E o fim a gente já sabe, nós temos um país vizinho, a Venezuela, que aconteceu exatamente isso”.

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), que apresentou Zema ao lado do ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol, emitiu críticas contundentes ao STF e sustentou o impeachment de ministros. “O que observamos, os documentos vazados das conversas entre assessores e juízes auxiliares de Alexandre de Moraes, é a mais pura perseguição política”, declarou.

Van Hattem declarou que há irregularidades nas prisões relacionadas ao dia 8 de janeiro. “Prenderam pessoas que em 2018 publicaram mensagens chamando Lula de ladrão e mantiveram na detenção. Isso é um absurdo e não pode ficar impune”, afirmou, prometendo que “nós promoveremos o impeachment de ministro do Supremo Tribunal Federal”.

O evento, que se estende até as 18h, inclui palestras sobre segurança pública, combate ao crime organizado, independência do Judiciário e reforma do Estado, com a participação de Rogério Greco (secretário de Segurança de Minas Gerais) e Ricardo Salles (deputado federal/Novo-SP).

Fonte por: Poder 360

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