Meta Pode Estar Abandonando o Metaverso
A Meta, antiga Facebook, parece estar se afastando do conceito de metaverso. As ações da empresa subiram 7% na manhã de quinta-feira (4), após um relatório que sugere que o CEO Mark Zuckerberg está reduzindo o orçamento da equipe do metaverso em até 30%. Embora a informação não tenha sido confirmada oficialmente, a alta nas ações reflete a empolgação do mercado.
Após anos de investimentos significativos, o metaverso, que foi uma das principais apostas de Zuckerberg, está enfrentando sérias dificuldades. A Meta havia estabelecido uma meta de 500 mil usuários ativos mensais para o Horizons Worlds, um espaço de realidade virtual, mas revisou essa projeção para quase metade ainda em 2022.
Desafios e Críticas ao Metaverso
O conceito de metaverso nunca foi totalmente claro para o público, especialmente em um momento em que as pessoas estavam ansiosas para se reconectar presencialmente após o isolamento da pandemia. A proposta de um espaço virtual imersivo, onde avatares poderiam interagir e realizar atividades, não convenceu a maioria dos usuários, que viam a necessidade de equipamentos caros para participar.
Além disso, a mudança de marca da Meta ocorreu em um contexto de crise de imagem, após denúncias sobre a falta de ação da empresa em relação a problemas em suas plataformas. A busca por uma nova narrativa não conseguiu atrair o interesse do público, que se mostrou cético em relação ao metaverso.
Futuro da Meta e Novas Direções
Embora o futuro do metaverso ainda seja incerto, a divisão Reality Labs da Meta, responsável pelos óculos de realidade virtual, continua a existir. Zuckerberg acredita que, eventualmente, as pessoas passarão mais tempo em mundos virtuais, mas o projeto atual está longe de ser o idealizado inicialmente.
Com os cortes no orçamento do metaverso, a Meta planeja redirecionar recursos para projetos mais promissores, como óculos de inteligência artificial e dispositivos vestíveis. A empresa já detém uma significativa participação no mercado de óculos inteligentes e dispositivos de realidade aumentada/virtual, mas a rentabilidade dessas tecnologias ainda é uma incógnita.
Fonte por: CNN Brasil
