Anderson Torres renuncia a recurso contra sua condenação em trama golpista

Anderson Torres não apresentará novos recursos após condenação

A defesa de Anderson Torres, ex-ministro de Justiça e Segurança Pública, anunciou que ele optou por não recorrer da decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que o condenou a 24 anos de prisão por sua participação na tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro. Segundo os advogados, Torres cumprirá a pena “ainda que irresignado”.

Além disso, o ex-ministro se colocou à disposição para colaborar com atividades administrativas no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, onde está detido. Desde 25 de novembro, ele e outros réus do inquérito do golpe começaram a cumprir suas penas, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes.

Em comunicado, a defesa de Torres ressaltou que ele “não renunciará ao direito de buscar, no momento oportuno, pleno conhecimento de sua inocência”.

Contexto da condenação de Anderson Torres

Anderson Torres foi um dos principais envolvidos na articulação da tentativa de golpe que ocorreu após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. O grupo ao qual ele pertencia planejou ações contra o atual governo e figuras como o ministro Alexandre de Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Em 11 de setembro, a Primeira Turma do STF condenou Torres por cinco crimes, que incluem:

• Organização criminosa armada: 5 anos;
• Tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito: 6 anos;
• Tentativa de golpe de Estado: 8 anos;
• Dano qualificado por violência e grave ameaça: 2 anos e 6 meses, além de 50 dias-multa;
• Deterioração de patrimônio tombado: 2 anos e 6 meses, além de 50 dias-multa.

Além de Torres, outros réus, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Augusto Heleno, também foram julgados no mesmo processo.

Fonte por: Jovem Pan