Bancos finalizam proposta de R$ 12 bilhões para empréstimo aos Correios, aguardando aval do Tesouro

Empresa busca empréstimo para quitar dívida de R$ 1,8 bilhão e financiar programa de desligamento voluntário (PDV)

12/12/2025 20:20

2 min de leitura

Fachada da agência do Correio na Avenida Interlagos, na zona sul...

Correios Buscam Empréstimo de R$ 12 Bilhões com Bancos

Um consórcio de cinco bancos está em negociação para conceder um empréstimo de R$ 12 bilhões aos Correios. A estatal aguarda a documentação necessária, que deve ser enviada até o final desta sexta-feira, 12.

A proposta ainda precisa da aprovação do Tesouro Nacional, que atuará como avalista da operação. Os bancos envolvidos são Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander.

Prejuízos e Necessidade de Recursos

Os Correios enfrentam um prejuízo acumulado de R$ 6,05 bilhões de janeiro a setembro deste ano, totalizando R$ 10 bilhões desde 2022. A empresa busca recursos para reequilibrar suas finanças.

As negociações se intensificaram após a Caixa Econômica Federal manifestar interesse em participar do empréstimo. No início do mês, o Tesouro havia rejeitado um pedido anterior de R$ 20 bilhões devido à alta taxa de juros proposta, que ultrapassava o teto de 120% do CDI.

Objetivos do Empréstimo

Com os recursos do empréstimo, os Correios pretendem quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, pagar fornecedores em atraso e financiar um programa de desligamento voluntário (PDV), além de realizar investimentos para recuperar sua posição no mercado de encomendas e diversificar suas fontes de receita.

Possibilidade de Aporte do Governo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou que as negociações estão avançadas e que o governo pode considerar um aporte na estatal, desde que respeite o arcabouço fiscal. Ele destacou que a solução para manter os serviços essenciais da estatal não envolve privatização, mas sim a diversificação de serviços, incluindo produtos financeiros e seguros.

Reestruturação e Metas Futuras

O governo Lula implementou um decreto que permite que estatais em dificuldades apresentem planos de reequilíbrio econômico-financeiro, com a possibilidade de futuros aportes do Tesouro. Para que os Correios voltem a ter lucro em 2027, será necessário um ajuste orçamentário entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões, o que representa um desafio significativo.

O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, afirmou que a empresa precisa atuar em duas frentes: reduzir gastos e aumentar receitas. O ajuste orçamentário é complexo, especialmente considerando a previsão de economia de R$ 1,4 bilhão com o PDV, que afetará 15 mil funcionários.

Além disso, os Correios adiaram a contratação dos aprovados no concurso de 2024, que ocorrerá apenas em 2027.

Fonte por: Jovem Pan

Autor(a):

Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.