Petrobras e Ibama assinam acordo para realização de testes na Foz do Amazonas

A etapa final antes da licença para perfuração na Margem Equatorial será realizada; órgãos apontam simulação para o dia 24.

13/08/2025 0:10

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Petrobras e Ibama assinam acordo para realização de testes na Foz do Amazonas
(Imagem de reprodução da internet).

O Ibama e a Petrobras firmaram um acordo nesta terça-feira (12 de agosto de 2025).

Para a execução da Avaliação Pré-Operacional (APO) na Foz do Amazonas, o procedimento, que replica uma situação de emergência, é o teste final para a liberação da perfuração de um poço de petróleo na costa do Amapá.

O Ibama propôs que a avaliação ocorra em 24 de agosto ou na semana subsequente. Contudo, especialistas dos dois lados indicam que ainda existem correções a serem implementadas. A operação demanda o transporte de equipes e equipamentos para uma área de difícil acesso. As informações são da Folha de S. Paulo.

A empresa estatal avalia a Aprovação como o passo definitivo para conseguir a licença ambiental do poço, sob forte contestação de organizações ambientais que se opõem à abertura de uma nova área de exploração de petróleo, em face de compromissos relacionados à diminuição de emissões.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), celebrou o acordo. Declarou ter recebido com “grande alegria” a notícia sobre o progresso nas fases da pesquisa exploratória de petróleo na Margem Equatorial e afirmou que o teste “provavelmente” ocorrerá no dia 24. A data ainda não foi confirmada.

Essa é uma vitória do Amapá e do Brasil. Um marco, resultado do esforço e do trabalho conjunto de diversos atores que defendem um futuro energético sustentável para o nosso país, afirmou Alcolumbre.

A Petrobras viu a solicitação para explorar o bloco FZA-M-59 ser recusada em 2023. Posteriormente, a companhia tem buscado as condições necessárias para realizar a perfuração e confirmar a existência de petróleo naquela área. Novas descobertas de petróleo e gás na costa da Colômbia, Guiana, Guiana Francesa e Suriname evidenciaram o potencial produtivo da região, situada próxima à linha do Equador.

A diretora da Petrobras, Magda Chambriard, declarou em 5 de agosto de 2025 que a discussão sobre a exploração na Margem Equatorial “está se aproximando do consenso” e que “existem poucas vozes divergentes” em relação à licença ambiental.

A Margem Equatorial engloba uma vasta área na costa norte, abrangendo águas até 2.000 metros de profundidade, situada a cerca de 500 km da foz do Amazonas. A região é marcada pela Plataforma Continental Amazônica e por notável dinâmica oceânica.

O Brasil detém atualmente a 8ª maior produção mundial de petróleo, com exportações que representam mais de metade de sua produção. Observadores do projeto argumentam que a expansão para a Margem Equatorial tem como objetivo principal a geração de receitas através das exportações, e não o atendimento à demanda interna.

O assunto é delicado, principalmente em face das vésperas da COP30 – conferência da ONU sobre o clima que será realizada em Belém (PA), em 2025. A exploração de petróleo na região amazônica pode prejudicar a imagem ambiental do governo Lula no cenário internacional, e acentuar a divergência entre os que defendem o desenvolvimento econômico e os que priorizam a preservação ambiental.

Leia abaixo a íntegra da nota de Davi Alcolumbre.

Recebi com satisfação, nesta terça-feira (12.ago.2025), a informação sobre o progresso nas fases da pesquisa exploratória de petróleo na Margem Equatorial. Foi determinada a realização de um exercício de simulação, com duração estimada de três a quatro dias, para avaliar a capacidade de resposta das equipes. A data para a avaliação pré-operacional deverá ser no próximo dia 24, dependendo da avaliação dos técnicos do Ibama e da Petrobras. Trata-se de uma vitória do Amapá e do Brasil. Um marco, resultado do esforço e do trabalho conjunto de diversos atores que defendem um futuro energético sustentável para o nosso país. Parabenizo e agradeço a todos os envolvidos!

Fonte por: Poder 360

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