Presidente Lula critica ataque de Israel que resultou em mortes de jornalistas em Gaza

O Ministério das Relações Exteriores classificou o ataque aéreo israelense como “violação ao exercício da liberdade de imprensa”.

11/08/2025 23:40

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou nesta segunda-feira (11.ago.2025) o falecimento de seis jornalistas da Al Jazeera (emissora estatal da monarquia do Qatar) em um ataque aéreo do Exército de Israel na Cidade de Gaza no domingo (10.ago). Os profissionais estavam em uma tenda próxima ao hospital Al-Shifa na hora da ofensiva.

O novo ato de flagrante violação ao direito internacional humanitário e ao exercício da liberdade de imprensa por parte das forças israelenses eleva para mais de 240 o número de jornalistas mortos em Gaza desde o início do conflito. A cifra é eloquente quanto às sucessivas violações cometidas no período contra profissionais de imprensa.

O Itamaraty solicitou que Israel garanta aos jornalistas o direito de “exercer livremente e em segurança seu trabalho em Gaza”, bem como o fim das restrições existentes à entrada de profissionais da imprensa internacional no território.

Organização das Nações Unidas manifesta preocupação com os ataques em Gaza.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, solicitou uma investigação “independente” e “imparcial” sobre a morte dos jornalistas. Ele afirmou que, até o momento, pelo menos 242 profissionais da imprensa foram assassinados em Gaza desde o início do conflito.

Jornalistas e profissionais da mídia devem ser respeitados e protegidos, além de poderem exercer sua atividade livremente, sem receios ou intimidações, declarou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, em nome de Guterres. As informações são da Al Jazeera.

Israel x Gaza

Desde o início do conflito, 186 jornalistas teriam falecido. Não há profissionais estrangeiros atuando em Gaza. A Faixa de Gaza é controlada pelo Hamas, um grupo autoritário considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia. Não existe liberdade de imprensa e todas as informações são controladas pelo grupo antes de serem divulgadas.

Um dos jornalistas falecidos era Anas Al-Sharif, acusado de comandar uma célula do Hamas e por ser responsável pelo lançamento de foguetes contra civis e militares das FDI (Forças de Defesa de Israel).

A Al Jazeera é proibida de operar na maioria dos países árabes e também está impedida de operar na Cisjordânia, que faz parte da Palestina. A decisão foi tomada pela Autoridade Palestina, grupo rival do Hamas.

Leia a abaixo a íntegra da nota do Itamaraty:

O governo brasileiro condena veementemente o assassinato de seis jornalistas palestinos da rede Al-Jazeera, na Faixa de Gaza, Estado da Palestina, em ataque realizado pelas forças israelenses na noite de 10 de agosto. Os jornalistas foram atingidos durante um ataque aéreo quando estavam em uma tenda próxima ao hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza.

O novo ato de flagrante violação ao direito internacional humanitário e ao exercício da liberdade de imprensa por parte das forças israelenses eleva para mais de 240 o número de jornalistas mortos em Gaza desde o início do conflito. A cifra é eloquente quanto às sucessivas violações cometidas no período contra profissionais de imprensa.

O Brasil solicita ao governo de Israel garantir aos jornalistas o direito de exercer livremente e com segurança seu trabalho em Gaza, bem como o fim das restrições existentes à entrada de profissionais da imprensa internacional no território.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.