Financiamento de empresas ainda depende da aprovação do Congresso, afirma Ministério da Fazenda

O acesso de uma grande parte das empresas brasileiras afetadas pelo aumento das tarifas dos Estados Unidos a linhas de crédito subsidiadas depende da aprovação do Congresso. A avaliação foi feita pelo secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, em entrevista publicada neste sábado (16.ago.2025) pelo jornal O Globo.

Segundo Mello, a maior parte do pacote de socorro divulgado na quarta-feira (13.ago.2025) só entrará em vigor com aprovação do Legislativo: “A aprovação do PLP [projeto de lei complementar] é muito importante para que as medidas cheguem a todas as empresas, principalmente as micro, pequenas e médias. Sem isso, uma grande parte das empresas terá muita dificuldade em acessar o crédito”.

Mello afirmou que a contrapartida para o uso das linhas será a manutenção de empregos, porém não haverá proibição de demissões. “Vamos regulamentar quais são os critérios para a manutenção do quantitativo de empregos. Vai ter uma flexibilidade porque algumas empresas vão ser muito afetadas, outras menos”, declarou.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou na quinta-feira (14.ago) que a Casa Baixa dará prioridade à análise e votação da MP do tarifário, elaborada na quarta-feira (13.ago) pelo governo. A proposta recebeu o nome de Brasil Soberano.

Plano de Emergência

De acordo com o Poder360, o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propõe um plano de emergência para empresas afetadas, incluindo a disponibilização de R$ 30 bilhões em crédito aos exportadores brasileiros. O acesso a esse financiamento está vinculado à manutenção dos postos de trabalho, com regras específicas para situações em que a preservação não for viável.

Após a publicação, a medida provisória necessita ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias; caso contrário, perde a validade.

Fonte por: Poder 360